Critérios de qualidade no táxi

De acordo com o dicionário, a palavra “qualidade” significa propriedade que determina a essência ou a natureza de um ser ou coisa. Deste modo, todas as coisas tem determinada qualidade. Trata-se de uma definição bastante genérica e que dá margem a muitas observações. A generalidade é tamanha que o uso deste conceito em julgamentos de qualquer natureza nunca será exato, como o que pretendem fazer com o sistema de transporte de passageiros.


O que é qualidade no serviço de táxi? O serviço foi criado para ser um meio rápido e eficiente de levar um passageiro de um ponto a outro em veículos de passeio. Este deve ser o parâmetro a ser utilizado por quem se coloca na posição de julgar o serviço. Pois bem. Uma decisão judicial considera que o sistema de táxi do Rio de Janeiro não tem “qualidade”, sem especificar qual seria esta qualidade ausente e abre espaço para que veículos e profissionais sem o devido controle do Poder Público, conhecidos na praça como “piratas”, exerçam livremente uma atividade regulamentada e que deveria ser controlada com mais “qualidade” pelo poder público.


Onde está a falta de qualidade? No conforto dos carros? Presenciamos, ao longo dos últimos anos, uma evolução da frota. O Poder municipal, no Rio de Janeiro, por exemplo, exige carros novos à disposição dos passageiros. Este pode ser um critério positivo e específico de qualidade do serviço. Os modelos disponíveis na praça são os mais modernos. Além disso, para continuar na praça os taxistas têm que manter os carros em bom estado, e novos. Esta é uma exigência do Poder Público. E o veículo novo passa a ser um critério de qualidade, um critério objetivo.


E o tratamento do motorista ao passageiro? Desde a regulamentação da profissão do taxista, o Poder Público exige formação a todos aqueles que ingressam na atividade. Em São Paulo, esta regra é antiga. Agora, está implantada no município do Rio e em outras cidades fluminenses. A tendência é que a qualidade do serviço prestado seja cada vez mais evidenciada.


Outra forma de definição de parâmetro de qualidade é a comparação de um serviço com outro oferecido. Mesmo assim, podemos cair no risco de deixar de considerar culturas diferentes. Se compararmos o serviço de táxi do Rio de Janeiro com os tradicionais cabs londrinos, certamente veremos diferenças bem grandes. O Rio não conta com limusines amarelinhas ou pretas. Mas este veículo não é comum nas ruas brasileiras, exceto para um público muito seleto, e que não utiliza amarelinhos ou executivos. Outro fator a considerar é a qualidade de nossas vias públicas. Antes de adquirir um veículo que vai ser usado 24 horas diárias, que terá que percorrer 300 km ou mais por dia, em vias públicas em péssimo estado de conservação, o taxista tem que pensar bem se não quiser ter prejuízo. A qualidade de nossas vias públicas entrou no julgamento feito aos taxistas? Parece que não.


Juízes, desembargadores, ministros, o Poder Judiciário em geral, devem considerar estes e outros fatores ao definir se o serviço de táxi tem ou não qualidade. O exercício desta atividade depende de outros fatores, ocultados levianamente pelos lobistas que utilizam o poder econômico para desvirtuar o Poder Público.

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