Os taxistas e os desafios modernos

Não podemos, jamais, ser contra a tecnologia. Vivemos em uma época em que absolutamente tudo está diretamente ligado a computadores. Por mais que não dominemos certos aspectos dessa modernidade, somos colocados diante dessas questões diariamente: no banco, nos consultórios médicos, no trânsito, no comércio, enfim, na vida.    

Os taxistas já estão se adaptando aos novos meios de se conseguir corridas. Se antes os passageiros simplesmente iam até a calçada e acenavam para o primeiro veículo que passasse, hoje os aplicativos trouxeram comodidade para aqueles que precisam de um táxi rapidamente. Para os profissionais a mudança também foi positiva, já que agora é possível um encontro entre a pessoa que precisa de um táxi e o taxista de uma forma mais prática.  

Os aplicativos para chamada de táxis vieram para ficar, mas só os mais simples, que respeitam o passageiro e o profissional da praça, ganharão mercado. Com o tempo os apps que não desempenham adequadamente sua função serão deixados de lado, e por uma seleção natural só ficará o que é bom e correto.

O desafio agora é fazer com que direitos conquistados não sejam perdidos em nome de modismos. Uma empresa de tecnologia, como a Uber, não pode se sobressair sob a lei, a ordem e o direito ao trabalho de toda uma categoria, que está sendo prejudicada por uma concorrência desleal. Além dos taxistas, o poder público perde com a evasão de impostos, já que os apps de “caronas” não respondem a nenhum tipo de regulamento; e os passageiros ficam à mercê de um serviço sem fiscalização.

Não somos contra a tecnologia. Não somos antiquados ou retrógrados. Mas, se há uma lei, ela deve valer para todos, independente da origem da empresa, seu capital, a quem pertence ou qualquer outro detalhe. Os taxistas estão se adaptando ao uso de meios mais modernos de trabalho, mas cumprem com seus deveres perante o Estado e a sociedade. Só esperamos que a justiça seja para todos.