Ao notar câmera no táxi, suspeito mandou parar e desceu

Câmera de segurança para táxis: tecnologia ao alcance da categoria

O taxista Sérgio Braidotti, da cidade de São Paulo, instalou a câmera de segurança em seu táxi para se proteger da violência que assola a categoria. Em 27 de junho Sérgio procurou a redação da Folha do Motorista para relatar dois casos suspeitos que aconteceram em seu táxi.

“Um passageiro entrou em meu táxi e pediu uma corrida para um local suspeito, que é conhecido como ponto de drogas. Eu desconfiei, e avisei que sua imagem estava registrada em uma central. Imediatamente ele colocou as mãos do rosto, mandou parar o carro e saiu correndo”, informou Sérgio.

“Outro caso foi quase igual: notei algo suspeito no passageiro, avisei que meu táxi estava equipado com câmera de segurança e as imagens eram transmitidas para uma central. Sem qualquer reação, ele mandou parar o carro e saiu caminhando. Perdi a corrida, mas acredito que a câmera evitou um assalto”.

Além da câmera, o táxi de Sérgio conta com um selo informando que o veículo está sendo monitorado. A mensagem inibe a ação de assaltantes que se passam por passageiros. “Recebo muitos elogios dos bons passageiros pela iniciativa para combater a violência. Durante seis meses que trabalho com câmera já notei que isso pode reduzir o número de assaltos”, lembrou Sérgio.

A cada edição da Folha do Motorista publicamos casos de assassinatos, roubos e agressões a taxistas do Brasil inteiro, e os números não param de crescer. A noção de impunidade faz com que os criminosos escolham o taxista como uma vítima fácil, que anda com dinheiro vivo e trabalha desprotegido.

Pensando na segurança da categoria, Salomão Pereira e a empresa Cerruns desenvolveram a câmera de segurança nos táxis. Diferente das outras câmeras para veículos existentes no mercado, onde a gravação das imagens ficava armazenada no próprio carro trazendo risco para a vítima, a câmera idealizada por Salomão envia as imagens para uma central. Mesmo que o carro seja roubado ou destruído, a identificação do criminoso estará registrada.

Para orientar o passageiro, um selo informa sobre a filmagem: “Este veículo está sendo monitorado, com registro de imagem transmitido para uma central”.

“Não adianta instalar uma câmera veicular do tipo DVR. Como o assaltante não tem informação que sua imagem está registrada, ele pode assaltar e até assassinar o taxista para levar o carro e resgatar as imagens. Com o selo, o bandido não cometerá o crime e descerá do táxi”, finalizou Salomão Pereira.

Interessado em câmera de segurança para o seu táxi?

A empresa de tecnologia Cerruns e a LG desenvolveram uma solução prática para a instalação da câmera. O taxista pode utilizar a linha do seu próprio aparelho smartphone, adquirindo apenas outro aparelho, sem linha, para uso da câmera.

O custo do armazenamento das imagens e manutenção de todo o sistema é de R$ 45 ao mês. A instalação do equipamento sai por R$ 250, e pode ser parcelada em três vezes sem juros.

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