Pai

Pai meu pai, sei que estava com minha mãe
No dia do meu nascimento,
Era tanta alegria
Contaram-me daquele grande momento.

Minha mãe concordou e achou bonito
O nome que o senhor escolheu
Fico muito engrandecido, pai
De ser filho seu.

Pai, que também me levava na escola
Ensinou-me a ler o pouco que sabia,
Desejava que eu crescesse depressa
Brincar comigo era o que mais queria.

Pai, que me orientou o caminho certo.
Forte e crescido então fiquei,
Eles não esquecem aquele dia
Que no mundo eu cheguei

Sei que continua lutando
Para manter a nossa sobrevivência,
Quero ser o filho que ama e respeita
Tenho em mim a plena consciência.

Hoje eu também sou pai
Vou passar o que o senhor passou,
Suportou os sacrifícios da vida
Aguentou firme e não se entregou.

Ari Lopes da Fonseca
Taxista, trabalha em um ponto na Avenida Jaceguai há 35 anos.
Autor do livro “Poemas Verdades da Vida”, já prepara
o lançamento de seu segundo livro de poesias.