Taxista é assassinado a facadas na zona oeste

Na madrugada de quinta-feira (14/2), o taxista Robson Alves de Moraes, 34 anos, foi assassinado a facadas, com um canivete durante uma tentativa de assalto em Pinheiros, zona oeste da capital. O crime ocorreu entre as Ruas Armando Pinto e Orós, zona oeste da capital.

Segundo testemunhas, o suspeito de cometer o crime era um homem forte e alto, que se fingiu de passageiro para abordar o taxista. Como estava sem dinheiro, pois era a primeira corrida do dia, a vítima foi esfaqueada pelo criminoso, que fugiu sem levar nada.

De acordo com o vigia José Nilton dos Santos, antes de abordar o taxista o criminoso havia roubado uma moça. “O taxista desceu do veículo todo ensanguentado, com um corte no pescoço. Ele abriu o porta malas do carro e disse:‘vou morrer’. Em seguida desmaiou”, relata.

Apesar de o socorro chegar rapidamente, infelizmente, o taxista não resistiu aos ferimentos e morreu no local. “A gente que trabalha na rua precisa se precaver, principalmente quando há suspeitas de estranhos rondando a região”, alerta Santos.

Amigo da vítima, o taxista Rodrigo Aparecido da Silva, 31 anos, foi chamado para reconhecer o corpo de Robson. “Queremos mais atenção e segurança para o serviço de táxi de São Paulo. Afinal, nos últimos meses muitos taxistas têm morrido as mãos de bandidos”, desabafa.

Manifestação

Na tarde de sexta-feira (15/2), cerca de 300 pessoas, entre colegas de profissão e familiares, fizeram um protesto na Rua Armando Pinto pela morte do taxista. A manifestação clamando por mais segurança seguiu pela Avenida Paulista até o Palácio do Governador. 

Para solicitar o acompanhamento do protesto pelo vereador Salomão Pereira, Rodrigo Aparecido da Silva, representante dos manifestantes entrou em contato com a Redação da Folha do Motorista. Na ocasião, Salomão não pode comparecer ao ato, porque estava em uma audiência com o presidente dos desembargadores Dr. Samuel e com o advogado Dr. Flávio, para tratar do tema “cassação de alvará, assunto ligado ao interesse da categoria.

Mesmo sem acompanhar a manifestação, Salomão conseguiu com o Major José Roberto que alguns integrantes do grupo fossem atendidos pelos assessores do governador Geraldo Alckmin.

Os taxistas chegaram ao Palácio do Governador sem nenhum representante para auxiliá-los a ter acesso ao governador que tomou conhecimento da situação. A assessoria de imprensa do Major José Roberto, chefe da Casa Civil, entrou em contato com o vereador Salomão Pereira para agendar uma reunião com Geraldo Alckmin.

“A delegada Rosemary Correira ficou de agendar uma reunião com o governador para analisar a violência cometida contra os taxistas da cidade de São Paulo. Essa questão precisa de mais atenção das autoridades”, cobra o taxista Rodrigo Aparecido da Silva

Para cobrir a manifestação, Salomão designou um repórter e um fotógrafo da Folha do Motorista. Os profissionais foram até o endereço onde o taxista foi assassinado.