Carnaval: 157 pessoas morreram em acidentes na rodovias federais

O índice de mortes em acidentes nas rodovias federais do país durante o feriado prolongado de Carnaval foi o menor em dez anos, segundo balanço divulgado em 14 de fevereiro pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em coletiva de imprensa em Brasília. A Lei Seca mais rigorosa contribuiu para a redução, mesmo assim, o número de mortos ainda é considerado elevado.

Em São Paulo, a quantidade de carteiras apreendidas triplicou durante a operação Lei Seca. Nas rodovias o número de mortos reduziu 13% com a legislação. No Distrito Federal, 201 motoristas foram flagrados embriagados.

Em 2013, considerando o cruzamento de dados de óbitos com a frota de veículos, houve 2,1 mortos por milhão de carros no Carnaval. Esse é o menor índice desde 2004. Segundo o ministro da Justiça, o número de veículos aumenta de 10% a 12% a cada ano.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), no entanto, ainda não divulgou o número exato de mortes dos últimos dez anos. Em seis dias de operação, das 24h de sexta-feira (8/2) até às 24h de quarta-feira (13/2), foram registrados 3.149 acidentes, com 157 mortes e 1.793 feridos. Em relação a 2012, houve uma queda de 18% nas mortes, 19% no índice de feridos e 10% no de ocorrências.

Cardozo atribui a queda a uma série de medidas, como o endurecimento da Lei Seca, a conscientização dos motoristas e o aumento da fiscalização nas estradas. “Houve um esforço muito grande do governo federal, não só do Ministério da Justiça, mas dos ministérios das Cidades, Transportes e Saúde, para evitar situação desoladora de acidentes”, afirmou.

As principais causas de morte foram falta de atenção (32 casos), como uso de celular ao volante, ultrapassagem indevida (25) e velocidade incompatível (16). O excesso de bebida foi responsável por sete mortes. Antes, o álcool ficava entre os principais fatores causadores de morte nas rodovias federais.

Lei seca

No período do Carnaval, foram realizados 86.224 testes de bafômetro e 1.932 motoristas foram autuados e tiveram a carteira de habilitação recolhida por estarem embriagados. No total, 607 acabaram presos em flagrante. O número de testes realizados foi 183% maior do que em 2012, quando houve 30.425 testes e 1.410 autuações, com 494 prisões.

“Com certeza a Lei Seca veio contribuir para que as nossas fiscalizações fossem mais efetivas, mas também houve um trabalho focado em pontos críticos, com bafômetros e radares em lugares estratégicos”, disse a diretora-geral do PRF (Departamento de Polícia Rodoviária Federal), Maria Alice Nascimento Souza.

O Estado onde foram feitos mais testes do bafômetro foi Minas Gerais, com 14.073 testes, 269 autuações e 74 prisões. (Texto extraído do portal UOL).