O que faz a Federação dos Taxistas?

“A Federação dos Taxistas do Estado de São Paulo é uma entidade de grau superior que representa a classe de taxista por meio de seus sindicados nos órgãos governamentais solicitando, por exemplo, isenção de impostos (IPI e ICMS IPVA), além de acompanhar e propor projetos em favor da categoria. Enfim, a federação busca benefício dos governos para a categoria de taxista”, explicou o presidente José Fioravante.

No Brasil, todos sabem que a atividade de taxista,  era vista como bico, “bico não dá crédito ao trabalhador”. Em parceria com o companheiro Salomão Pereira, nós elaboramos uma minuta de projeto que foi apresentado ao deputado federal Silvio Torres por indicação do governador do Estado Geraldo Alckmin.

Em 2009, ele apresentou o projeto no Congresso Nacional. Essa Federação e o companheiro Salomão acompanharam o seu andamento mês a mês. Diversas vezes  estivemos em  Brasília para discutir o assunto com os deputados e mostrar a eles a necessidade da aprovação do projeto, em favor dos direitos dos taxistas e legalizando a profissão. Em menos de três anos, conseguimos a aprovação.

Graças a nossa parceria, o projeto tramitou por todas as comissões e aprovado pelos deputados e senadores, caso contrário, poderia ficar parado nas comissões por 20 anos. Hoje o taxista pode se orgulhar, porque trabalhar na praça é uma profissão, conquistando respeito nos meios empresariais. Quando era um “bico” isso não acontecia, citou Fioravante.

Após muitas discussões, o projeto foi aprovado praticamente na integra pelos deputados federais e senadores. Também tivemos uma reunião com o ex-ministro Carlos Lupi, agendada pelo deputado Silvio Torres, ao ler o projeto orientou o seu chefe de gabinete acompanhar o andamento nos dois poderes. Após aprovação, Lupi solicitou que o projeto fosse entregue em suas mãos. Ele levaria a presidente Dilma para aprovar sem veto.

Lupi deixou o Ministério do Trabalho antes da aprovação do projeto e seu sucessor nada entendia sobre o serviço de táxi. Além disso, também entraram outras forças políticas que fizeram a presidente Dilma vetar artigos importantes do projeto, por exemplo, autorizar a transferência do alvará para outro quando o taxista vender o táxi. Essa era uma antiga reivindicação da categoria, mas o veto concedeu poderes aos municípios para conferir ou não esse direito aos taxistas. O que certamente, só seria possível por meio de um parlamentar vereador, revendo as leis existentes ou criando lei autorizando.

Para reverter essa situação, esperava-se na eleição de 2012 para vereador da cidade de São Paulo, eleger o companheiro Salomão Pereira, que na eleição anterior, recebeu da classe 17 mil votos. Apesar de previsto em lei a transferência do alvará, o benefício vem sendo negado, pelas autoridades municipal, acarretando grandes prejuízos para a categoria.

“É muito difícil para qualquer sindicalista deste país ficar sem a representação de um vereador da classe, um deputado estadual e um federal em favor de sua classe. Sem essa representação qualquer reivindicação para conseguir do poder público é difícil. Na época de campanha, muitos eleitores se iludem com as promessas e deixam de eleger uma pessoa que realmente possa estar sempre ao seu lado. No meu ponto de vista, os taxistas de São Paulo cometeram um grande erro dividindo voto com outros candidatos que não tinha a mínima chance de se eleger”.

Nestes quatro anos, muita coisa em favor da classe poderia acontecer na cidade de São Paulo. Um bom vereador pode ajudar no município, estado e federal, tudo depende de sua votação, principalmente o companheiro Salomão que é muito conhecido nos meios políticos. Posso dizer que até o sindicato da cidade de São Paulo, ia sair favorecido, divergência entre as partes poderia ser esquecida, e os taxistas saia fortalecidos. Faltou o bom senso, diante aos problemas que a categoria vem enfrentando.

A divisão de votos tirou este direito do taxista, que vão aguardar por mais quatro anos. Quantos não serão prejudicados com esta decisão? Todos!. Somando os votos dos candidatos, que se colocaram como representante desta categoria na Câmara Municipal, não atingiu 6.500 votos. De qualquer forma atrapalhou a evolução política dos taxistas da cidade de São Paulo. 

“Os quase 24.000 votos que o companheiro recebeu são para dar inveja a muitos representantes desta categoria, temos que tirar o chapéu, ele chegou a uma votação jamais alcançada por outro. Mesmo assim, essa quantidade de votos ainda não foi o suficiente para elegê-lo, três ou quatro mil votos a mais seria o suficiente, e a classe teria um vereador de peso na Câmara Municipal de São Paulo, falo sito porque conheço o seu trabalho”. Declarou o presidente da Federação dos Taxistas do Estado de São Paulo, José Fioravante.