No anúncio que a Copa seria no Brasil, houve certa euforia dos meios de comunicação. Isso porque o tal legado, obras e melhorias que seriam deixadas para a população após o mundial, foram as grandes bandeiras da candidatura brasileira para sediar o evento. Agora, faltando praticamente um mês para o início dos jogos, infelizmente vemos que não foi bem assim.
A Zona Leste de São Paulo, que abriga o Itaquerão, estádio de abertura da Copa do Mundo, viveu uma grande valorização dos seus imóveis. Algumas obras viárias no entorno do estádio, como o Mergulhão (veja mais nessa edição) foram entregues, e outras estão em andamento, mas é muito menos do que a população imaginava ou precisava.
Os congestionamentos, item que a FIFA várias vezes apontou como ponto negativo em nossa cidade, não foram sequer amenizados. Não houve um investimento maciço na tão discutida mobilidade urbana, e idéias ficaram no papel. Até uma solução simples, como a colocação de itinerários nos pontos de ônibus em outros idiomas, não foi realizada.
O governo não investiu na qualificação dos profissionais dos setores de turismo e serviços da maior cidade da América Latina. O mínimo que se esperava eram que cursos de inglês e espanhol se proliferassem, gratuitamente para todos os interessados. Mas isso não ocorreu.
Para os taxistas, poucos programas governamentais foram criados. Há alguns dias o governo do estado editou uma cartilha com sugestões de roteiros, mas é mínimo ao se pensar em tudo o que poderia ter sido oferecido. Cursos de línguas, imersões culturais, técnicas de atendimento, programas para aceitar pagamentos por meios eletrônicos, Wi Fi, entre outros, fariam a diferença para os taxistas de São Paulo.
Muitos profissionais da praça se qualificaram por conta própria, investindo seus próprios recursos financeiros. Essa é uma iniciativa louvável, mas um governo tem a responsabilidade de preparar seus cidadãos, para um evento de grande porte e para a vida. Obras, segurança, saúde e educação são os legados que um presidente deve deixar ao seu país. Infelizmente, no Brasil essa oportunidade foi perdida. Agora, vamos aguardar as Olimpíadas em 2016.
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