Pré-candidata a presidente dos EUA ataca Uber em campanha eleitoral

Hillary Clinton questiona violação de direitos trabalhistas por parte da empresa

A pré-candidata a presidente dos EUA, Hillary Clinton, declarou durante sua campanha eleitoral que empresas como a Uber roubam salários de seus próprios ‘trabalhadores’. Ela manifestou preocupação com empresas que dependem de trabalhadores contratados e que acabam sem proteção do governo.

Nos EUA, a Uber enfrenta diversas questões judiciais por parte de pessoas que se sentiram lesadas. Os motoristas alegam que são tratados como empregados, e recentemente a Comissão do Trabalho da Califórnia decidiu que um condutor Uber é um funcionário da empresa.

A Uber recorreu sob a alegação de que não exerce qualquer controle sobre o motorista. Por outro lado, a Comissão disse que a Uber está "envolvida em cada aspecto da operação", e controla o uso ferramentas do motorista, monitora seus índices de aprovação e afasta o condutor caso sua classificação caia para menos de 4,6 estrelas. Tudo isso indica subordinação.

Na Flórida  uma agência estatal também determinou que os motoristas da Uber são empregados. Tudo porque a empresa controla o trabalhador, a oportunidade de lucro ou perda deste trabalhador, o investimento em veículos, a habilidade, entre outras condições.

Nos EUA, a Uber promete a seus motoristas boa remuneração, horários flexíveis de trabalho e veículos com desconto. Por outro lado, deixa de cumprir as obrigações legais como cobertura de saúde e odontológica do empregado, além de deixar de recolher os impostos devidos.

Ameaça eleitoral

Comentando sobre a Uber, a pré-candidata democrata Hillary Clinton disse que iria “acabar com os patrões que exploram os empregados por subclassificá-los como empreiteiros ou mesmo roubar seus salários”. Disse ainda que “muitos americanos estão fazendo dinheiro extra alugando um quarto pequeno, vendendo produtos que eles próprios fazem, ou até mesmo dirigindo seu próprio carro. Esta economia sob demanda está criando oportunidades emocionantes e desencadeando a inovação. Mas também está levantando questões difíceis sobre a proteção do local de trabalho”, afirmou.

Nos Estados Unidos, a Uber é um tipo de empresa classificada como contratante. Isto significa que ela não é responsável por todos os tipos de custos, incluindo a Segurança Social, seguro de saúde, afastamento remunerado por causa de doenças, manutenção do carro, entre outros benefícios ao trabalhador.  

Redação da Folha do Motorista RJ