Motoristas do Uber fazem paralisação e mostram lado negativo da empresa

Atraídos por promessas de altos ganhos enfrentam agora a dura realidade
 

A publicidade positiva criada para atrair os motoristas para a empresa Uber realmente foi bem feita, e muitos acabaram convencidos de que seus problemas financeiros haviam acabado. Porém, uma paralisação dos motoristas da empresa, realizada em 28 de março, mostrou que a realidade não está tão tranquila como é mostrada.

Em comunicações por Whatsapp os “motoristas parceiros”, como são chamados pelo Uber, resolveram cruzar os braços por melhores condições de trabalho. Os protestos aconteceram em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Recife. De acordo com os motoristas, a adesão à paralisação foi de 20%. Em comunicados não oficiais o aplicativo diz ter 10 mil motoristas em todo o Brasil.

A reclamação principal dos motoristas do Uber se deve à redução de 15% nas tarifas em novembro do ano passado. Além disso, todas as corridas são divididas entre os trabalhadores e a empresa: na categoria Uber Black (carros mais luxuosos) 20% do valor fica com a empresa; já na Uber X 25% deixam de ir para os bolsos dos motoristas. Com isso, os grevistas pediram um reajuste de 20% nas corridas. Os “parceiros” também reivindicaram um maior controle para a contratação de novos motoristas. O app não se manifestou sobre a manifestação.