Segurança do taxista continua precária cinco meses depois de plano especial para a categoria

Reuniões de janeiro entre a PM e taxistas ficam sem resultado

No início de 2015, o governo do Estado realizou reuniões com taxistas para divulgar um plano de segurança para a categoria. De janeiro para cá, nada mudou. Profissionais continuam sendo assaltados e, em muitos casos, até assassinados, como ocorreu no último dia 13 de maio, na Cidade de Deus, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia, o taxista que não foi identificado, foi morto em uma tentativa de assalto. Testemunhas chegaram a ver dois homens em uma moto no entorno do táxi.

O coronel Ibis comandava a Polícia Militar quando a corporação anunciou um plano de segurança especial para o táxi do Rio. A ideia era produzir uma cartilha com instruções de segurança para a categoria. O programa de segurança proposto se assemelha ao disponibilizado aos porteiros da capital fluminense. Vários deles fizeram cursos especiais de prevenção contra criminosos. Em relação aos porteiros, o projeto foi bem-sucedido. Mas os taxistas, estes continuam desprotegidos.

Ainda em maio, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, declarou que a Polícia não pode ser babá de menor e morador de rua. Para ele, outros órgãos governamentais devem ser cobrados: “As pessoas não podem cobrar exclusivamente da polícia”, disse.

As declarações do secretário foram dadas depois de uma onda de ataques a faca praticado por criminosos contra pedestres, na Zona Sul do Rio.

Enquanto outros órgãos públicos não são cobrados pela população, o taxista e o carioca de um modo geral é obrigado a aprender a driblar a violência urbana.