O que aconteceu com os taxistas de São Paulo nos últimos anos

Salomão Pereira relembra os problemas enfrentados pelos taxistas

Por falta de representação no legislativo municipal, os taxistas do município de São Paulo têm sofrido nos últimos anos. No governo do ex-prefeito Gilberto Kassab as transferências de alvarás não eram realizadas, e apenas as transferências para herdeiros, em caso de falecimento, eram finalizadas.

A categoria ficou quatro anos sem aumento de tarifa (que depois foi reajustada bem abaixo da realidade). Foram criadas pelos Coronéis as faixas zebradas obrigatórias na troca de veículo, gerando custos para os profissionais, que só foram abolidas com a força política do vereador suplente Salomão Pereira. Diante de tantos problemas, os taxistas apontaram a gestão Kassab como uma das piores para a classe.

Na era PT (Partido dos Trabalhadores), um promotor entrou na justiça para anular todos os alvarás em poder dos taxistas e realizar um processo de licitação. Depois, uma desembargadora proibiu as transferências de alvarás, mesmo para herdeiros legítimos, e também foi favorável à licitação. Essa situação se arrastou por um ano, e prejudicou muitos pais de famílias que vivem da atividade.

Mais recentemente os taxistas foram proibidos de circular nas faixas exclusivas à direita, mesmo com passageiros; e houve a proibição nos corredores em determinados horários. Tudo aconteceu sem que os vereadores defendessem a categoria, e sem manifestações dos representantes da classe. Também na administração do prefeito Fernando Haddad, os taxistas ainda não conseguiram um aumento de tarifa.

Salomão Pereira, que assumiu o cargo de vereador suplente em 2011 por 90 dias, apresentou 16 projetos em favor dos taxistas. Mesmo fora da Câmara Municipal, procurou apoio político para tentar solucionar a questão da licitação e transferência de alvarás.

Em fevereiro deste ano Salomão Pereira, juntamente com o Presidente da Federação dos Taxistas do Estado de São Paulo, José Fioravanti, e a advogada da Coopetasp, Rita Simone Bertti, se reuniu com o Governador Geraldo Alckmin, solicitando apoio a fim de tranqüilizar a categoria.

O Governador se posicionou solidário às reivindicações dos taxistas, e afirmou que o serviço de táxi é uma autorização, e não concessão ou permissão. Pouco tempo depois, o juiz Dr. Alberto Alonso Muñoz entendeu a questão, e julgou improcedente o processo de licitação. Em seguida, completou a sentença, liberando também as transferências de alvarás.

Diante de tantas irregularidades e perseguições sofridas pelos taxistas, Salomão decidiu apoiar dois vereadores que são candidatos a deputado estadual e federal nas próximas eleições. Se eles forem eleitos, o retorno de Salomão à Câmara Municipal em 2015 é muito provável, já que ele é o quinto suplente da coligação.

Nas eleições de 2012, Salomão recebeu 23.174 votos, faltando somente mais três mil votos para se eleger vereador e representar os taxistas de São Paulo. “Estou apoiando os vereadores Gilson Barreto e Floriano Pesaro para deputado estadual e federal, respectivamente. Se eles forem eleitos, eu assumo o cargo de um deles já em 2015, por dois anos”, lembrou Salomão Pereira.