Alagamentos: o risco de quem está no trânsito

Com a época de fortes chuvas ressurge o medo de alagamentos, tão comuns em SP

Após um longo período de estiagem, as fortes chuvas voltaram a castigar a cidade de São Paulo. Para os motoristas esse é um período que merece atenção redobrada, já que o risco de alagamentos pelas ruas da cidade é muito grande. É preciso se prevenir e usar todas as informações disponíveis para evitar perdas e riscos à vida.

De acordo com a seguradora Allianz, o número de danos em automóveis decorrentes de alagamento triplica nessa época do ano. Para se prevenir, algumas dicas são importantes e podem fazer a diferença no dia a dia no trânsito.

Ficar atento às notícias sobre pontos alagados é muito útil. É importante também evitar a circulação por trechos com histórico de alagamentos. Vários desses locais foram, inclusive, sinalizados pela prefeitura com uma placa indicando sobre os riscos.

Se não for possível esperar para sair com o carro, analise as possíveis situações que serão enfrentadas. Em caso de água na pista, identifique se a altura do alagamento ultrapassará o centro da roda. Se a resposta for positiva, não tente atravessar e aguarde a água escoar. Quando não for possível ver a profundidade, o risco de cair em um buraco, de o carro parar ou até mesmo aquaplanar é grande.

Ao dirigir em trechos alagados mantenha a marcha reduzida, baixa velocidade e rotação constante em torno de 2.500 RPM. Isso melhora a aderência e a dirigibilidade do veículo.

Se o carro apresentar aumento de esforço ao esterçar, anomalias das luzes de injeção eletrônica, bateria e ABS, além de variação na luminosidade do painel, mantenha a calma e desligue os equipamentos que não forem essenciais.

Caso o veículo pare de funcionar em um alagamento não dê a partida, e procure removê-lo com o auxílio de um guincho até uma oficina. Isso reduz o risco de danificar o motor.

O que fazer com o carro depois de uma enchente?

Se, apesar de todos os esforços, o carro sofrer danos por alagamento é necessário fazer uma revisão completa, com verificação de todos os componentes eletrônicos e mecânicos.

É preciso realizar a troca do óleo e filtros, assim como a limpeza imediata para não danificar estofamentos e carpete. O veículo pode não apresentar defeito no momento do alagamento, mas o contato da água com componentes eletroeletrônicos pode gerar posterior anomalia, com a oxidação das peças.

Além disso, é necessário verificar o estado do óleo da transmissão, dos eixos diferenciais e do cânister (dispositivo que reduz a emissão de hidrocarbonetos dos tanques de combustível). Eles podem ter a vida útil reduzida e aumentar o risco de falhas na embreagem, suspensão e freios. Para a preservação da saúde dos ocupantes do carro é indicado também uma limpeza do sistema de ventilação, que pode estar contaminado por fungos e bactérias.

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