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Tarifa de táxi com defasagem de 30%: prefeito contenta a categoria com 9,8%

Reajuste começou a valer em 06 de janeiro


O serviço de táxi da cidade de São Paulo foi reajustado no início de 2011, tendo como ano base 2009. Quatro anos depois o prefeito Fernando Haddad autorizou um aumento de 9,8%, válido apenas para a bandeirada e quilômetro rodado. A hora parada não foi reajustada. Em uma corrida de R$ 75,50 a tabela autoriza a cobrança de R$ 81,49, diferença de 5,99%, e o reajuste de 9,8% cai para 7,9%.


A bandeirada da categoria comum passou de R$ 4,10 para R$ 4,50, e o quilômetro rodado de R$ 2,50 para R$ 2,75. A hora parada permanece em R$ 33.


Já a categoria especial teve a bandeirada reajustada de R$ 5,13 para R$ 5,65, e o quilômetro rodado de R$ 3,13 para R$ 3,45. Na categoria luxo a bandeirada foi de R$ 6,15 para R$ 6,75, e o quilômetro rodado de R$ 3,75 para R$ 4,15.


Com esse reajuste a categoria perde mais de 20% do que tinha direito, se o aumento levasse em conta apenas a inflação acumulada no período. Em uma corrida de dez quilômetros, o taxista terá um acréscimo de apenas R$ 3.


“Ao levarmos em conta os gastos que o taxista terá com a aferição do taxímetro, taxa do IPEM e tempo perdido, esse reajuste não compensou. Na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, após quatro anos sem aumento e defasagem de 27%, o reajuste concedido foi de 18%”, lembrou Salomão Pereira, presidente da Associação dos Coordenadores e Permissionários em Pontos de Táxi de São Paulo (Coopetasp).


Salomão afirma que os gastos dos taxistas com alimentação, aluguel, prestação de imóveis, despesas escolares, manutenção do veículo, comunicação, saúde, vestuário, preço do veículo, taxas públicas, entre outros, aumentaram mais de 30,83% no período de 2011 a 2014. Mas isso não foi levado em conta por essa administração e sindicato para reajustar a tarifa.


Com reajustes abaixo da inflação a cada ano os taxistas vêm perdendo o seu poder de compra. “Recuperar essa defasagem de 21%, que era direito da categoria, não será tarefa fácil. Faltou representação para exigir das autoridades um reajuste melhor”, lamentou Salomão.


Salomão solicitou reajuste de 30% e autorização para distribuir as tabelas gratuitamente


No ano passado Salomão encaminhou uma planilha de custo detalhada ao Secretário de Transportes, Jilmar Tatto, relatando todos os gastos da categoria e solicitando um reajuste de 30%, que cobriria a inflação do período. Porém, a Secretaria não sinalizou a disposição em discutir o assunto.


Salomão também informou à Tatto que a Coopetasp poderia confeccionar as tabelas, que seriam distribuídas gratuitamente para toda a categoria pelas associações, cooperativas, empresas de frotas de táxis, sindicato e Departamento de Transportes Públicos (DTP). Isso também não foi aceito pela SMT (Secretaria Municipal de Transportes), que determinou o Sindicato como único órgão autorizado para a distribuição das tabelas.


Segundo orçamento solicitado pela Coopetasp para a gráfica AGM, o custo total para a confecção de 80 mil pares de tabelas seria de 7.265. Com isso, o custo por par sairia por menos de R$ 0,20 (vinte centavos).


Várias capitais brasileiras e cidades menores autorizaram a cobrança de bandeira dois durante o mês de dezembro, como uma forma do profissional taxista receber o 13º salário. Na cidade de São Paulo, os taxistas não tiveram esse direito.


Inflação acumulada de 2010 a 2014:
2010 - 5,91%
2011 - 6,50%
2012 - 5,84%
2013 - 5,91%
2014 – 6,67% (de janeiro a dezembro de 2014)
Total acumulado – 30,83%


Para cobrir a defasagem na tarifa o reajuste seria de, no
mínimo, 30%. Veja os valores pleiteados por Salomão:


Categoria Comum


Bandeirada - de R$ 4,10 para R$ 5,33
Quilômetro rodado - de R$ 2,50 para R$ 3,25
Hora parada - de R$ 33,00 para R$ 42,90


Categoria Especial


Bandeirada - de R$ 5,13 para R$ 6,66
Quilômetro rodado - de R$ 3,13 para R$ 4,06
Hora parada - de R$ 41,25 para R$ 53,62


Categoria Luxo


Bandeirada - de R$ 6,15 para R$ 7,99
Quilômetro rodado - de R$ 3,75 para R$ 4,87
Hora parada - de R$ 49,50 para R$ 64,35


Governo foi generoso em outros reajustes


Enquanto os taxistas da cidade de São Paulo receberam um reajuste de tarifas de 9,8%, outros reajustes tiveram um percentual bem mais elevado.
A passagem de ônibus na capital teve o maior aumento em cinco anos, e subiu 16,7%, de R$ 3 para R$ 3,50. Já a conta de luz ficará 12,36% mais cara, e os mais de 20 milhões de consumidores da Eletropaulo já podem preparar o bolso, para pagar mais caro pela conta de luz.

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