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Os cuidados para financiar o seu táxi 0 km e não ter problemas no futuro

Financiamento do carro zero em longo prazo nem sempre é uma boa opção para o taxista, que tem o beneficio de isenção do IPI e ICMS a cada dois anos para trocar de carro. Carros com mais de dois ou três anos de uso, além de gastos com manutenção, apresentam grande desvalorização.


Quando o passageiro vai fazer uma viagem para fora da capital, sempre dá preferência ao taxista que tem um veículo novo, pela certeza de que não terá problemas em sua viagem. É desagradável quando o taxista está com um passageiro e o carro apresenta defeito.


O financiamento em longo prazo dificulta a atualização da ferramenta de trabalho do taxista. Um bom prazo é de, no máximo, 24 a 36 parcelas. Caso tenha interesse em trocar o carro em dois anos, ou seja, antes do prazo final de quitação do veículo, o saldo devedor é pequeno e fácil de liquidar.


Em um financiamento acima deste prazo, o saldo devedor, na maioria dos casos, acaba sendo maior do que o valor do veículo. Mesmo com um acerto com a financeira, dificilmente a saída é satisfatória. De acordo com a taxa de juros usada na ocasião para financiar o carro, a financeira encontra dificuldades para quitar a dívida. Às vezes é pago uma taxa de retorno para o concessionário ou vendedor e, como ninguém quer perder, a solução acaba não atendendo aos interesses dos taxistas.


Deve ser levado em conta que o carro destinado ao serviço de táxi, ao colocar a placa vermelha, já desvaloriza no mínimo 20%. Quem roda com um carro na praça, em dois ou três anos, tem uma depreciação de até 35%. De acordo com o modelo e a falta de conservação, a desvalorização chega a 40%. Ou seja, a cada ano o taxista vai perdendo o seu poder de compra.


Outro cuidado é para quem opta pelo sistema de co-proprietário, onde um é titular do alvará e outro proprietário do veículo. Nesses casos, o carro é adquirido sem isenção, custando até 30% a mais do valor de um veículo com isenções de IPI e ICMS. Por não ter o carro usado para dar como entrada, essas pessoas financiam em 60 ou 70 meses.


O titular do alvará deve tomar cuidado ao vincular o seu alvará a um financiamento de longo prazo. Em caso de divergência entre as partes, torna-se difícil quitar a dívida. O saldo devedor, às vezes, corresponde à compra de dois ou mais veículos.


Temos recebido várias reclamações de titulares de alvarás, na redação da Folha do Motorista e na sede da Coopetasp que, por desentendimento entre as partes, querem desfazer a sociedade. O Departamento de Transportes Públicos (DTP), só renova ou baixa o co-proprietário com o consentimento das partes. Como na maioria das vezes não há entendimento, o carro passa a rodar sem a renovação do alvará, que pode ser apreendido pela fiscalização, ocasionando um grande prejuízo.


Quem vai fazer esse tipo de transação precisa tomar cuidado para não ter problemas futuros. Um prazo suportável é que esse financiamento não ultrapasse os 24 ou 36 meses. Assim, torna-se mais fácil o titular do alvará adquirir o veículo do co-proprietário e assumir a dívida.


Recentemente recebemos um titular de alvará cujo carro, vinculado ao seu alvará, foi financiado em 70 meses. Após dezoito meses houve um desentendimento e agora o titular quer o seu alvará de volta, restando 52 parcelas a serem pagas do veículo. Segundo ele, o co-proprietário paga R$ 1.350 de prestação e, se o alvará for desvinculado do veículo, esse co-proprietário não tem como pagar o financiamento. Para ser quitado, restam mais de R$ 70 mil, sendo que o valor do carro é de, no máximo, R$ 35 mil.


O titular quer seu alvará de volta, mas como o co-proprietário vai pagar o carro? “Portanto é bom pensar bem antes de fazer estas prestações em longo prazo”, orientou Salomão Pereira, editor da Folha do Motorista e presidente da Coopetasp.

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