Tribunal de Contas suspende compra dos radares para ônibus

Prefeitura pretende comprar 300 radares para fiscalizar corredores e faixas. Equipamentos serão instalados nos ônibus.

O Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP) suspendeu temporariamente a compra de 300 radares que seriam instalados nos ônibus. A ideia era usar esses instrumentos para multar os motoristas que invadissem as faixas e corredores exclusivos em São Paulo e desrespeitassem o rodízio de veículos.

O TCM-SP afirmou que foram encontradas 17 irregularidades e impropriedades nos documentos apresentados pela prefeitura. Em primeiro lugar, os auditores destacam que não está provada a necessidade da aquisição dos equipamentos. A compra dos radares custará aos cofres públicos mais de R$ 43 milhões.

A prefeitura informou que a área técnica irá responder aos questionamentos do TCM-SP, e que espera resolver a questão o mais breve possível. O plano do prefeito Fernando Haddad é colocar os agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para organizar o trânsito, e deixar as multas por conta dos radares.

Compra dos radares é a sexta licitação barrada pelo TCM-SP

Segundo o TCM-SP, o órgão tem evitado gastos desnecessários por parte da prefeitura, especialmente suspendendo ou determinando a correção de licitações milionárias. A suspensão da compra dos radares para ônibus é a sexta medida tomada contra a administração do PT (Partido dos Trabalhadores) desde o ano passado.

A primeira licitação barrada pelo Tribunal foi a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus. Ainda em 2013 a nova inspeção veicular também foi suspensa por irregularidades.

Esse ano o TCM-SP suspendeu a compra de mais de 800 câmeras, reformas em prontos socorros, creches e escolas e a construção de um data center do Bilhete Único. Juntos, os planos da prefeitura foram frustrados em mais de R$ 6,3 bilhões.