Táxis compartilhados são aprovados na Câmara Municipal em 1ª votação

Projeto passará por segunda votação, antes de ser sancionado ou vetado pelo prefeito

O projeto 770/2013, que cria os táxis compartilhados na cidade de São Paulo, está em andamento na Câmara Municipal de São Paulo. De autoria dos vereadores Ricardo Young e Laércio Benko, propõe que os táxis possam transportar de dois passageiros até no máximo a capacidade do veículo. Os trajetos serão pré-definidos e feitos próximos a outros modais de transporte e locais de grande circulação.

O projeto recebeu parecer favorável das comissões pelas quais passou, e foi aprovado em primeira votação no plenário. Ainda terá que passar por uma segunda votação antes de ir para a sanção ou veto do prefeito Fernando Haddad.

Os autores do projeto afirmam que a ideia é a redução do número de veículos nas ruas da cidade. Os taxistas interessados terão que se cadastrar na prefeitura para atender os passageiros em sistema de compartilhamento e, em horários ociosos, poderão voltar a operar como taxistas normais.

As tarifas serão definidas de acordo com o percurso, e o valor final deverá ser dividido de acordo com o número de passageiros que está utilizando o táxi. Então, quanto mais gente no carro, menor o custo para cada passageiro.

Salomão Pereira apresentou projeto semelhante em 2011

Quando assumiu como vereador suplente em 2011 Salomão Pereira apresentou 16 projetos de interesse dos taxistas e da população em geral. Um desses projetos possibilitava aos taxistas interessados, em horários de pico, o transporte de até quatro passageiros, com cobrança por pessoa de acordo com a distância.

O projeto dos táxis compartilhados que está sendo discutido agora é semelhante ao PL 148/2011, apresentado pelo vereador Salomão. Inclusive a distinção sobre os locais que serão atendidos pelos táxis coletivos elaborada por Salomão, como estações dos metrôs, terminais rodoviários, shoppings e locais de grande movimento, está prevista no projeto de Ricardo Young e Laércio Benko.

“Os táxis compartilhados propostos pelos nobres vereadores certamente foram baseados no meu projeto. Porém, da forma como a lei foi redigida não será interessante para os taxistas. Haverá percursos preestabelecidos, como se os táxis fossem lotações. Além disso, financeiramente não será viável, porque o valor das corridas será dividido entre todos que estão no táxi”, afirmou Salomão Pereira.

Salomão explica que o projeto apresentado por ele determina que os táxis só poderão ser compartilhados em horários de pico, com direito a circular em qualquer região de São Paulo, e com cobrança por passageiro. “O projeto dos vereadores Young e Benko não será benéfico para os taxistas, porque estando com mais pessoas em seu carro o profissional gastará mais com combustível e manutenção, mas não terá um retorno financeiro satisfatório”, finalizou Salomão.