Bandido diz que já “furou” outro taxista

Câmeras de segurança flagraram a dupla de assaltantes.
Seguindo orientação da polícia, a vítima será identificada pelas iniciais.

Na madrugada de 11 de janeiro o taxista M.S.A. esperava passageiros próximo a uma casa noturna no bairro da Barra Funda. Às 3h da madrugada um casal se aproximou, e pediu uma corrida para outra casa noturna, no centro. Mesmo um pouco desconfiado o taxista aceitou levá-los, e acabou sendo vítima de um assalto.

“Eles entraram como passageiros normais, estavam bem vestidos e pediram que eu os levasse para o centro. Chegando em frente à essa outra balada o rapaz disse que mudou de ideia, e me passou um outro endereço. No caminho, pediram para parar e me assaltaram”, lembrou o taxista.

O assaltante, que sentou no banco da frente, estava armado com um tipo de canivete e ameaçou o taxista. A moça, que M.S.A. desconfia ser travesti, prendeu o taxista no banco segurando-o pelo cinto de segurança. Eles pegaram o celular da vítima e R$ 160, mas não ficaram satisfeitos e exigiram mais.

“Até aquele momento eu mantive a calma e fiz tudo o que eles me disseram. Mas, eu não tinha mais dinheiro e o rapaz estava descontrolado. Ele disse que iria contar até cinco para que eu arranjasse mais dinheiro, ou iria me furar como fez com o outro lá embaixo”.

Nesse momento o taxista gritou que não estava com mais nada de valor no carro, e apelou para a proteção divina falando o nome de Jesus. O assaltante perguntou se ele era evangélico, ficou mais calmo e disse que iria embora. “Eles saíram do carro e o bandido me pediu que orasse para que o demônio o deixasse”, afirma a vítima.

Esse seria mais um caso de assalto como tantos outros que ocorrem em São Paulo, se não fosse pelo assaltante dizer que havia “furado” outro taxista próximo aquele local. “Por isso, peço que a categoria fique atenta a um rapaz alto, musculoso e bem vestido, acompanhado de uma travesti alta e magra. Eles podem ter feito mais vítimas”, lembrou M.S.A.

O caso foi registrado na 23º delegacia de polícia. Até o fechamento dessa edição a Secretaria de Segurança Pública não informou o andamento da investigação.