Outro taxista foi assaltado por bandidos mostrados na Folha do Motorista

Assaltantes continuam agindo na mesma região

Após a divulgação de uma dupla de assaltantes na última edição da Folha do Motorista, outro taxista procurou o jornal para alertar que foi vítima dos mesmos bandidos em 19 de janeiro. J.R.S., taxista há mais de 20 anos, não desconfiou quando o casal entrou em seu táxi no bairro do Pacaembu, e acabou sendo assaltado.

O crime aconteceu às 22h30, e os dois suspeitos pediram uma corrida até a Rua Amaral Gurgel. “O rapaz sentou no banco da frente e a moça sentou atrás de mim. Fomos conversando amenidades, o assaltante até me contou que era pintor, e eu não desconfiei de nada. Só notei que a moça na verdade era um travesti pela voz, mas continuei tranqüilo”, afirmou o taxista.

Ao chegar ao endereço solicitado o rapaz anunciou o assalto, e tirou uma faca com cabo branco de dentro da mochila. O travesti segurou o taxista pelo cinto de segurança, e pegou dois celulares. Como a vítima aceita pagamentos em cartão, só estava com R$ 190 em dinheiro.

“Quando o rapaz viu que eu não tinha muito dinheiro, gritou para o travesti me furar. Nessa hora eu falei sério com ele, e disse que não tinha mais nada. Ele ainda tentou tirar a chave do carro do contato, mas como não conseguiu, saiu. Os dois foram embora caminhando tranquilamente”, lembrou J.R.S.

O taxista procurou a polícia no mesmo momento, mas como a delegacia da região não funciona à noite, fez o boletim de ocorrência pela internet.

Relembre o caso

Na madrugada de 11 de janeiro o taxista M.S.A. esperava passageiros próximo a uma casa noturna no bairro da Barra Funda. Às 3h da madrugada um casal se aproximou, e pediu uma corrida para outra casa noturna, no centro. O taxista aceitou levá-los, e acabou sendo vítima de um assalto.

O assaltante, que sentou no banco da frente, estava armado com um tipo de canivete e ameaçou o taxista. A moça, que M.S.A. desconfia ser travesti, prendeu o taxista no banco segurando-o pelo cinto de segurança. Eles pegaram o celular da vítima e R$ 160, mas não ficaram satisfeitos e exigiram mais.

“Até aquele momento eu mantive a calma e fiz tudo o que eles me disseram. Mas, eu não tinha mais dinheiro e o rapaz estava descontrolado. Ele disse que iria contar até cinco para que eu arranjasse mais dinheiro, ou iria me furar como fez com o outro lá embaixo”.

“Por isso, peço que a categoria fique atenta a um rapaz alto, musculoso e bem vestido, acompanhado de uma travesti. Eles podem ter feito mais vítimas”, lembrou M.S.A. O caso foi registrado na 23º delegacia de polícia.