Taxista: tradição paulistana

São Paulo tem algumas tradições: um povo incansável e trabalhador; uma gastronomia inigualável; um jeito caloroso e atencioso de estender a mão aos mais necessitados. Somos a cidade incansável que não dorme jamais, feita por gente de todas as partes do Brasil e do mundo. E os nossos taxistas simbolizam muito bem essa diversidade.

Eles vêm de todas as partes do país, inclusive da própria capital. São responsáveis por fazer essa enorme roda girar de maneira ordenada. No total, a frota paulistana transporta cerca de 350 mil passageiros por dia, ajudando a reduzir o número de carros nas ruas, desafogam e dão fluidez ao trânsito.

No geral, são alegres, bem-humorados e adoram uma prosa mesmo que cada um deles ande diariamente 500 quilômetros. Sabem conversar e respeitam quando o passageiro prefere o silêncio. Tratam todos os assuntos com desenvoltura da política, futebol, religião, clima, trânsito, tecnologia, celebridades, música, cultura e meio-ambiente. Para eles não tem tabu, nem fofoca. Sobram opiniões firmes e decisivas sobre tudo –ponto marcante dos nossos taxistas.

Essa articulação é determinante para os taxistas desempenharem papel importante no dia a dia da cidade, que é preciso ser resgatado e reforçado. Um exemplo é quando fui secretário de subprefeituras. Na época, mantínhamos linha direta com algumas cooperativas de táxis que diariamente nos passavam pontos com problemas na cidade: de acúmulo de lixo aos buracos nas ruas passando por lâmpadas apagadas. Eram informações preciosas para agilizarmos a manutenção da cidade.

Por isso, parabéns aos nossos condutores que comemoraram em 8 de julho, o Dia do Taxista.

Andrea Matarazzo