Câmeras nos táxis: uma idéia que pode salvar vidas

A profissão de taxista envolve riscos, e muitos pais de família já foram vítimas de criminosos. Por estar dentro de um veículo sozinho e permitir a entrada de passageiros desconhecidos, os profissionais da praça são um alvo fácil para os bandidos, que agem cada vez com mais violência. Pensando em criar uma proteção para a categoria, Salomão Pereira, juntamente com uma empresa de tecnologia e uma operadora de celulares, desenvolveu um sistema de segurança por câmeras para os táxis.

As câmeras já fazem parte da vida das pessoas em São Paulo, mas nunca uma empresa havia se interessado em desenvolver um produto específico para o taxista. Os equipamentos disponíveis no mercado necessitam de adaptações para operar dentro do táxi, e possuem um alto custo. Salomão, ao solicitar o desenvolvimento do sistema de segurança por câmeras pensou, acima de tudo, em valores acessíveis. “Não adianta criar um produto altamente tecnológico que os taxistas não podem adquirir. A segurança tem que ser para todos”, afirmou.

Hoje as câmeras nos táxis de São Paulo já são realidade. Com um baixo investimento vários taxistas aderiram ao sistema e estão trabalhando com mais segurança. Os veículos com câmeras possuem um selo informando sobre o monitoramento, e se um suposto passageiro tiver a intenção de praticar um crime irá desistir, porque assim que entrar no carro sua imagem já estará registrada na central.

“Vários locais de São Paulo são monitorados por câmeras, e em diversos países do mundo os táxis já são equipados com câmeras para a segurança do taxista. Pelo Brasil há projetos em andamento nas prefeituras de inúmeras cidades para a instalação do monitoramento de táxis. Demorou, mas em São Paulo os taxistas já podem contar com essa segurança”, disse Salomão Pereira.

As câmeras já fazem parte da vida do paulistano

São Paulo é a capital financeira do país, a quarta maior metrópole do mundo e conta com uma população de mais de 19 milhões de habitantes em sua região metropolitana. Atualmente, a cidade possui mais de 1,5 milhão de câmeras de monitoramento que flagram acidentes de trânsito, auxiliam a polícia no combate ao crime e identificam culpados.

A capital de São Paulo é a cidade mais vigiada do Brasil, e é praticamente impossível sair de casa e não ser filmado em algum local. Há câmeras da Guarda Civil Metropolitana em prédios públicos como o Teatro Municipal e ruas de grande movimento, como a 25 de Março. A Polícia Militar possui 270 câmeras espalhadas pelas ruas, e a CET utiliza câmeras há mais de 20 anos para monitorar o trânsito.

As câmeras estão presentes em bancos, condomínios, casas, comércios e diversos outros locais. Acompanhando uma tendência mundial, o número de câmeras na cidade deve triplicar nos próximos anos.

Como funciona a câmera de segurança para táxis

Um smartphone é colocado em um suporte, próximo ao pára-brisa do veículo. As imagens começam a ser gravadas quando o passageiro entra no táxi, e ficam armazenadas em uma central, fora do país. Mesmo que o veículo ou o aparelho smartphone sejam roubados, os criminosos serão identificados porque suas imagens já estarão armazenadas na central. O sistema inibe a ação do criminoso e protege o taxista, já que o resgate das imagens não é acessível pelo veículo ou pelo celular.

O aparelho é fornecido em comodato, e o taxista deve assinar um contrato de responsabilidade com a operadora de celular, a Coopetasp e a empresa que criou o software.

O valor da instalação do equipamento é de R$ 250, e pode ser parcelado. A mensalidade, que engloba a manutenção de todo o sistema, custa R$ 110.

Os interessados podem procurar a sede da Coopetasp:
Telefone 2081-1015 / E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.